As manifestações, que incluíram greves, bloqueios de estradas e fechamento de estabelecimentos, exigiam que o governo de Israel feche um acordo imediato
A polícia israelense prendeu mais de duas dezenas de pessoas no último domingo (17), acusadas de “perturbação da ordem” durante protestos em todo o país organizados pelo Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos.
As manifestações, que incluíram greves, bloqueios de estradas e fechamento de estabelecimentos, exigiam que o governo de Israel feche um acordo imediato para garantir a libertação dos reféns ainda mantidos por militantes na Faixa de Gaza.
Segundo estimativas, cerca de 50 reféns permanecem em cativeiro, dos quais apenas cerca de 20 estariam vivos. O temor dos manifestantes é de que novos combates coloquem em risco suas vidas.
Embora a polícia tenha informado que a maioria dos atos ocorreu pacificamente, alertou que continuará a agir “firmemente contra qualquer um que viole a lei ou coloque em perigo a ordem pública”.
As pressões sobre o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu se intensificam, mas um acordo ainda parece distante. Ele exige a libertação imediata dos cativos, mas enfrenta divisões dentro de sua coalizão.
Membros da extrema-direita prometem derrubar o governo caso qualquer negociação permita a permanência do Hamas no poder em Gaza.
Apesar da ausência do Histadrut, o maior sindicato trabalhista do país, a mobilização ganhou força com a adesão espontânea de empresas e municípios. A greve, rara em Israel, escancarou o dilema entre a pressão das famílias dos reféns e a rigidez política de um governo em permanente tensão interna.