Plano libera mais de 3,4 mil unidades habitacionais em área estratégica; comunidade internacional classifica ocupação como ilegal
O governo de Israel aprovou nesta quarta-feira (20) a construção de 3.401 novas unidades habitacionais na Cisjordânia, em uma área conhecida como E1, a leste de Jerusalém. O projeto, congelado por décadas devido à pressão internacional, é considerado decisivo para inviabilizar a criação de um Estado palestino contíguo, com capital em Jerusalém Oriental.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, de extrema-direita, defendeu a medida como um passo concreto para eliminar a possibilidade de um Estado palestino. “O Estado palestino está sendo apagado da mesa não com slogans, mas com ações”, afirmou em comunicado. Ele também apresentou a aprovação como uma resposta à recente onda de países que declararam apoio ao reconhecimento da Palestina.
A ocupação israelense da Cisjordânia é considerada ilegal pelo direito internacional. Ainda assim, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeita categoricamente qualquer negociação para um Estado palestino, posição já reforçada em resolução aprovada pelo Knesset em 2024.
Smotrich tem pressionado Netanyahu a avançar na anexação da Cisjordânia e na aplicação plena da soberania israelense sobre todo o território ocupado. O anúncio deve aprofundar o isolamento diplomático de Israel e acirrar as tensões no Oriente Médio.
Fonte: Cnnbrasil