Operação conjunta da PM e Gaeco revela “negócios da família” ligados a facção criminosa
Uma operação deflagrada pela Polícia Militar de SP em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desmantelou, na última quinta-feira (21/08), uma estrutura de fabricação e comércio clandestino de armas no interior de São Paulo.
O balanço da ação impressiona: mais de 180 armamentos, entre fuzis, pistolas, revólveres, carabinas e espingardas foram apreendidos em imóveis ligados aos investigados nas cidades de Atibaia, Paulínia e Americana.
O principal alvo da investigação é um homem suspeito de fornecer armas ilegais e até certificados de registro falsos para uma facção criminosa. De acordo com o Ministério Público (MP), responsável por coordenar parte das apurações, o esquema tinha como origem uma espécie de “negócio de família”.
O pai do investigado, atualmente preso pelo mesmo tipo de crime, teria passado ao filho os contatos e os meios para continuar movimentando a engrenagem ilícita.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os agentes encontraram uma loja clandestina que funcionava como vitrine ilegal de armamentos, oferecendo pistolas e revólveres sem número de série. Em outro endereço, foi localizado um verdadeiro “bunker”: um depósito subterrâneo preparado para armazenar armamento pesado, onde havia pelo menos 100 armas.
Além da comercialização direta, os investigadores acreditam que o suspeito facilitava a lavagem de dinheiro da facção ao emitir certificados falsos de registro, prática que dava aparência legal às transações de compra e venda.
O investigado foi detido e responde por posse ilegal de armas. O caso segue sob análise do Ministério Público, que não descarta novos desdobramentos e a prisão de possíveis comparsas. Segundo o Gaeco, a investigação também buscará identificar os compradores finais das armas, uma vez que parte do arsenal apreendido tinha capacidade bélica semelhante à usada por forças militares.
Fonte: CNN Brasil