Resultado semestral, impulsionado por alta recorde na produção e ganhos cambiais, marca a melhor colocação da estatal desde 2020, atrás apenas de Saudi Aramco e ExxonMobil
A Petrobras registrou um lucro líquido de US$ 10,7 bilhões no primeiro semestre de 2025, uma alta expressiva de 140% em comparação com os US$ 4,5 bilhões apurados no mesmo período de 2024. O desempenho elevou a companhia brasileira ao 3º lugar no ranking mundial de petroleiras, sua melhor posição desde 2020, quando ficou em 2º lugar. A lista é liderada pela Saudi Aramco (US$ 22,8 bi), seguida pela norte-americana ExxonMobil (US$ 18,2 bi).
O avanço foi impulsionado principalmente pelo aumento “expressivo” na produção de petróleo e gás, que compensou a queda de 15% no preço do barril de Brent no mercado internacional. Em julho, a produção média da Petrobras alcançou 2,47 milhões de barris por dia (bpd), um aumento de 380.000 bpd em relação ao quarto trimestre de 2024. A estatal projeta fechar o ano com uma produção próxima ao limite superior de sua meta anual, de 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).
Apesar do resultado positivo reportado, uma parte significativa do lucro veio de efeitos não operacionais. A variação cambial resultou em ganhos de US$ 5,2 bilhões no semestre. Quando esses itens não recorrentes são excluídos, a saúde financeira operacional da empresa apresenta um cenário diferente.
O lucro líquido ajustado cai para US$ 8,1 bilhões, o que representa uma queda de quase 25% ante os US$ 10,8 bilhões do primeiro semestre de 2024. Da mesma forma, o EBITDA ajustado (indicador que mede o resultado operacional) ficou em US$ 20,9 bilhões, uma retração de 14% frente aos US$ 24,4 bilhões do ano anterior, pressionado pela queda no preço do petróleo e pelo aumento das despesas.
O terceiro lugar no ranking global marca uma forte recuperação para a Petrobras. Historicamente consolidada entre as quatro maiores petroleiras do mundo, a empresa havia caído para a 7ª posição em 2024, seu pior resultado em seis anos. Com o desempenho do primeiro semestre de 2025, a estatal superou concorrentes europeias como Shell (US$ 7,3 bi) e TotalEnergies (US$ 7 bi), reassumindo um lugar de destaque no cenário energético mundial.
Fonte: Poder 360