Perícia aponta que animal apresentava hematomas compatíveis com agressões em vida; tutor confessou ato, mas alegou que cavalo já estava morto
O laudo da Polícia Civil concluiu que o cavalo que morreu após uma cavalgada em Bananal, no interior de São Paulo, ainda estava vivo quando teve as patas decepadas pelo tutor, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos. O jovem usou um facão para mutilar o animal.
A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelo caso, Rubens Luiz Fonseca Melo, em vídeo publicado nas redes sociais ao lado da médica veterinária Luana Gesualdi, que se voluntariou na análise.
“Infelizmente, aconteceu em vida, pois o animal apresentava hematomas compatíveis com a vida. Quando o animal está sem vida, é um cadáver, você não consegue desferir golpes e causar hematomas, só quando está em vida”, explicou a veterinária.
O delegado reforçou que o laudo derruba a versão apresentada pelo tutor, que havia dito acreditar que o cavalo já estivesse morto no momento da mutilação. “O laudo comprova que os ferimentos foram causados em vida. O animal estava afrouxado, desfalecido, mas ainda vivo”, afirmou.
Em entrevista na semana passada, Andrey admitiu o ato, disse estar “embriagado e transtornado” e declarou arrependimento. O delegado informou que remeteu o laudo ao Ministério Público de São Paulo, mas não revelou se o tutor foi formalmente indiciado. Até o momento, ele não foi preso.
Fonte: G1