Dois paraguaios foram presos na BR-277, em Guarapuava-PR, após policiais desconfiarem de inconsistências nos adesivos do veículo, que simulava ser oficia
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) desbaratou um audacioso esquema de contrabando e tráfico de drogas na manhã desta quinta-feira, 28. Durante uma fiscalização de rotina na BR-277, em Guarapuava, no centro-sul do Paraná, os agentes apreenderam 152,6 quilos de cocaína e 100 aparelhos iPhone que eram transportados em uma caminhonete que se passava por uma viatura oficial da Receita Federal. Dois cidadãos paraguaios foram presos em flagrante.
O fato que levou à prisão começou com a sagacidade dos policiais. Por volta das 8h, eles avistaram uma caminhonete Mitsubishi Triton na cor prata, com uma plotagem que a identificava como um veículo da Receita Federal vinculado ao Ministério da Economia. A inconsistência burocrática foi o primeiro sinal de alerta: os agentes sabiam que a Receita Federal está atualmente vinculada ao Ministério da Fazenda, e não ao da Economia.
Ao abordarem o veículo, os policiais constataram que tanto o motorista quanto o passageiro, ambos paraguaios, vestiam uniformes semelhantes aos utilizados por auditores fiscais da Receita. A desconfiança aumentou ao checar a placa do veículo. De acordo com a PRF, “a placa ostentada no carro não correspondia aos demais elementos de identificação do veículo, configurando a adulteração criminosa”.
Durante uma inspeção mais detalhada, os agentes descobriram o carregamento ilegal escondido na caçamba da caminhonete: diversos tabletes de cocaína, totalizando 152,6 quilos – confirmados por um narcoteste preliminar – e uma centena de iPhones, produtos de alto valor frequentemente alvo de contrabando.
Em depoimento, os dois presos informaram à polícia que haviam pegado o veículo já carregado próximo à cidade de Santa Terezinha de Itaipu, na fronteira com o Paraguai, e tinham como destino final a capital paranaense, Curitiba.
A operação resultou na apreensão da droga, dos eletrônicos e do veículo utilizado no crime. Os dois paraguaios foram encaminhados à delegacia para a elaboração do auto de prisão em flagrante e devem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, contrabando, uso de documento falso e associação criminosa. A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema.
Fonte: Estadão