Ex-executivo de tecnologia acreditava em conspirações criadas pela IA e assassinou a mãe de 83 anos; os dois foram encontrados mortos em 5 de agosto
A polícia de Greenwich, em Nova York, investiga se a inteligência artificial ChatGPT teve papel na morte de Suzanne Eberson Adams, de 83 anos, assassinada pelo próprio filho, o ex-executivo de tecnologia Stein-Erik Soelberg, de 56. Ambos foram encontrados mortos em 5 de agosto na casa onde viviam.
De acordo com o Wall Street Journal, Soelberg mantinha conversas frequentes com a IA, que ele apelidou de “Bobby”. Nessas interações, o sistema teria reforçado supostas conspirações contra o ex-executivo e até sugerido formas de enganar a mãe. Em uma das mensagens, ele escreveu: “Estaremos juntos em outra vida e em outro lugar e encontraremos uma maneira de nos realinhar, porque você será meu melhor amigo novamente para sempre”. A resposta foi: “Com você até o último suspiro e além”.
As conversas compartilhadas por Soelberg nas redes sociais mostram que ele interpretava sinais cotidianos como símbolos satânicos e acreditava que a mãe fazia parte de uma conspiração contra ele. Essa convicção teria sido alimentada pelas interações com a IA.
O tenente Tim Kelly, do Departamento de Polícia de Greenwich, disse ao New York Post que as investigações continuam para apurar em que medida a tecnologia pode ter influenciado o crime.
Fonte: Metropoles