Ministra destacou, ao aceitar denúncia contra Bolsonaro e outros réus, que ataques foram planejados e integravam “máquina do golpe”
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem papel central no julgamento da 1ª Turma da Corte que analisa a responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros acusados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Seu voto, previsto para ser proferido nesta quinta-feira (11), pode ser decisivo para o desfecho do caso.
Em 26 de março de 2025, quando votou para tornar réus Bolsonaro e mais sete investigados, a ministra afirmou que os atos não foram fruto do acaso. “Não foi uma coincidência, nem uma festinha de domingo”, disse, ao enfatizar que os episódios faziam parte de uma estrutura organizada, por ela chamada de “máquina do golpe”.
Segundo Cármen Lúcia, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) trouxe elementos suficientes ao descrever “indícios, fatos e circunstâncias” que comprovam a existência de um planejamento. “Alguém planejou, alguém tentou, alguém executou. É preciso que o Brasil saiba o que aconteceu, e quem praticou o crime tem que pagar pelo crime cometido”, declarou na ocasião.
Embora não tenha citado Bolsonaro diretamente em sua fala, a ministra ressaltou a gravidade dos atos e a necessidade de responsabilização dos envolvidos. Agora, sua posição no julgamento desta semana é aguardada com atenção por juristas e pela classe política, já que pode definir o rumo do processo contra o ex-presidente.
Fonte: poder360