Noemi Ferrari foi alvo de ofensas em seu primeiro dia de trabalho em 2018, em São Caetano do Sul; vídeo do caso voltou a repercutir nas redes sociais
A Justiça do Trabalho condenou a rede Raia Drogasil a pagar R$ 56 mil em indenização por danos morais à ex-funcionária Noemi Ferrari, vítima de racismo no primeiro dia de trabalho em uma farmácia da rede, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, em 2018.
O caso voltou a ganhar repercussão nesta semana, após Noemi compartilhar nas redes sociais o vídeo em que uma colega, em posição hierárquica superior, faz comentários ofensivos. Na gravação, a agressora apresenta a nova funcionária dizendo: “Tá escurecendo a nossa loja? Acabou a cota, tá? Negrinho não entra mais”, enquanto ri.
Noemi contou que, no momento, ficou “anestesiada” e chegou a chorar no banheiro, mas decidiu permanecer na empresa, onde chegou a ser promovida a supervisora em 2020. Em 2022, entretanto, relatou ter sofrido nova agressão verbal de um superior, o que resultou em sua demissão.
A ex-funcionária afirmou que inicialmente não pretendia entrar na Justiça, mas acabou acionando o tribunal após comentários de colegas minimizando sua saída da empresa. A indenização foi paga em março deste ano.
Em nota, a Raia Drogasil disse lamentar o episódio ocorrido. O caso segue como exemplo da luta contra práticas racistas em ambientes de trabalho.
Fonte: g1