Reforma Administrativa reacende debate sobre gestão eficiente no serviço público
Nos últimos meses, o Congresso Nacional vem intensificando as discussões da PEC 32/2020, que dispõe sobre a Reforma Administrativa e trará consigo alterações na estrutura organizacional do funcionalismo público em todo o território nacional. Esse cenário configura-se como uma grande oportunidade para refletirmos sobre a importância de uma boa estrutura administrativa ser componente central nas Prefeituras Municipais, refletindo as reais necessidades dos municípios.
O primeiro aspecto que a estrutura organizada proporciona é a satisfação dos funcionários públicos em exercer suas funções. As atividades passam a ter mais sentido e apresentam menor grau de sobrecarga. Alinhado a um bom plano de carreira, o servidor enxerga a possibilidade de progressão e, consequentemente, de valorização salarial. Esses mecanismos transmitem a preocupação da administração com o bem-estar do trabalhador, resultando em maior motivação e empenho para oferecer bons serviços à sociedade.
O aumento da qualidade na prestação de serviços revela outro aspecto: a eficiência. O termo “eficiência” está ligado à ideia de realizar mais com a mesma quantidade de recursos. Além da já citada valorização, a qualificação profissional, incentivada pelos critérios de progressão, faz com que o servidor se especialize em sua função, desenvolvendo habilidades como conhecimento aprofundado, inovação e assertividade na execução de suas atividades.
Por último, a estrutura bem desenvolvida assegura o uso estratégico dos recursos públicos e o olhar sistêmico para os problemas do município, possibilitando planejar e garantir recursos para as chamadas políticas setoriais (saúde, educação, segurança). A maior capacidade orçamentária resulta em políticas públicas que possuam o poder de combater os principais problemas enfrentados pela população, sendo eles: a reforma de uma unidade básica de saúde, o investimento em uma nova escola, ou a obtenção de equipamentos para a melhoria da segurança pública.
Por Gustavo Bispo – Graduando em Administração Pública pela Unesp de Araraquara (SP)
