Ex-delegado-geral de São Paulo e secretário municipal foi morto a tiros em atentado; ele era pioneiro no combate ao PCC e atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil
O assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo e secretário de Administração de Praia Grande, Ruy Ferraz Fontes, de 62 anos, na noite desta segunda-feira (15), chocou o país e levantou suspeitas sobre uma execução ligada ao crime organizado. Fontes foi atacado por criminosos armados com fuzis no bairro Nova Mirim, em Praia Grande (SP), por volta das 18h.
De acordo com a Polícia Militar, o carro da vítima foi perseguido por outro veículo. Durante a fuga, o ex-delegado perdeu o controle, bateu em um ônibus, foi atingido por outro automóvel e capotou. Testemunhas relataram que Fontes já havia sido baleado durante a perseguição.
Após a colisão, três criminosos desceram do carro e dispararam mais de 20 vezes contra ele. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, foram encontrados carregadores de fuzil no local, e os tiros atingiram diferentes partes do corpo da vítima, como braços, pernas e abdômen.
Gravações feitas por testemunhas mostram a correria de pessoas que passavam pelo local, incluindo uma mulher que se jogou no chão para se proteger. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou a morte de Fontes ainda no local.
Além do secretário, um homem e uma mulher que estavam na rua também foram baleados. Eles foram socorridos pelo Samu, levados à UPA Quietude e, depois, transferidos para o Hospital Municipal Irmã Dulce. Segundo a prefeitura, ambos não correm risco de morte.
Ruy Ferraz Fontes atuou por mais de quatro décadas na Polícia Civil e teve papel central no combate ao crime organizado em São Paulo, sendo pioneiro nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC). O caso é investigado pela Polícia Civil, que trata o crime como execução planejada.
Fonte: g1