Sindicato recorre ao Ministério Público do Trabalho após destituição de Danilo Soler, que alega pressão política e desvio de princípios; Prefeitura não comenta caso.
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Araraquara (SP) enfrenta uma crise institucional após a destituição do comandante Danilo Soler, ocorrida na última, quinta-feira (18/09). Soler, que comandava a corporação há oito meses, alega ter sido exonerado devido a assédio moral e pressão política por parte do governo municipal. Em solidariedade a ele, cinco agentes de confiança também entregaram seus cargos.
O caso ganhou repercussão após o Sindicato de Servidores Municipais de Araraquara (Sismar) encaminhar um ofício ao Ministério Público do Trabalho (MPT) reforçando as denúncias do ex-comandante. No documento, o Sismar reafirma as acusações de que a exoneração estaria ligada a divergências éticas e administrativas, e não a questões técnicas ou de desempenho.
Em suas redes sociais, Danilo Soler detalhou os motivos que o levaram a discordar da gestão:
- Recusa em praticar ou compactuar com perseguições a servidores;
- Oposição a situações que ferissem o interesse público ou desvirtuassem a missão da GCM;
- Rejeição à “lógica da vaidade política” em detrimento do trabalho sério;
- Preocupação com supostas distorções em programas como Patrulha Maria da Penha, Câmera Cidadã e Muralha Paulista.
A Prefeitura de Araraquara, por meio de nota, evitou comentar as acusações, mas destacou que o cargo de comandante é “função de confiança do chefe da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana”, atualmente sob responsabilidade do Coronel Adalberto José Ferreira.
O Ministério Público do Trabalho, procurado pelo Sismar, não considerou válidas as denúncias em um primeiro momento, mas o caso segue em análise. Enquanto isso, a GCM passa a ser comandada interinamente por Sírio Santos, em meio a um clima de incerteza e tensão entre os servidores.
Fonte: G1 São Carlos