Presença do vice é vista como estratégica para defender balança comercial Brasil-EUA e usar diálogo pré-existente
O Palácio do Planalto trabalha para agendar uma conversa remota entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para ocorrer já na próxima semana. A movimentação mais notável, no entanto, é o desejo do governo brasileiro de incluir o vice-presidente Geraldo Alckmin na reunião.
A participação de Alckmin, que também exerce o cargo de Ministro da Indústria e do Comércio, é considerada fundamental e estratégica por dois motivos principais:
Defesa da Balança Comercial: Alckmin possui um conhecimento técnico detalhado sobre o fluxo comercial entre Brasil e EUA. A intenção é utilizá-lo para refutar possíveis informações incorretas, como a alegação de que a relação comercial é deficitária para os norte-americanos na realidade, os EUA apresentam superávit no comércio com o Brasil. O objetivo central é convencer Trump de que a manutenção e o aprofundamento das relações comerciais são lucrativos para a economia dos Estados Unidos.
Diálogo Pré-Existente: O vice-presidente já vem tentado estabelecer uma comunicação com o governo norte-americano, especialmente após o anúncio de novas tarifas comerciais. Alckmin chegou a se reunir recentemente com o Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, o que lhe confere uma base de diálogo e uma certa “abertura” para auxiliar o presidente Lula na condução da conversa de alto nível com Trump.
A inclusão de Alckmin visa, portanto, fortalecer a posição brasileira com argumentos técnicos e práticos, aproveitando a expertise e os contatos do vice-presidente para proteger os interesses comerciais do país.
Fonte: Jovempan