Veículos foram localizados abandonados na zona rural dois dias após o crime. Quadrilha já tem seis integrantes presos, e prejuízo estimado das vítimas ultrapassa R$ 4 milhões.
A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) encontrou, na manhã desta sexta-feira (26), dois carros usados pela quadrilha que realizou um audacioso “arrastão” em um prédio de alto padrão no Centro da cidade na última quarta-feira (24). Os veículos estavam abandonados e incendiados em uma área rural do município, e a confirmação de que foram usados no crime veio após análises da perícia e imagens de câmeras de segurança do condomínio.
Os carros foram periciados e recolhidos para um pátio da Polícia Civil. Um terceiro automóvel já havia sido apreendido na própria quarta-feira, encontrado em um condomínio na Rua Itaguaçu, na zona Norte da cidade.
O roubo mobilizou pelo menos dez criminosos, que invadiram seis apartamentos de um edifício de 14 andares. O grupo havia se infiltrado no condomínio duas semanas antes, alugando um dos imóveis para facilitar o acesso ao prédio. Segundo a polícia, os assaltantes agiram com planejamento meticuloso, divididos em diferentes núcleos responsáveis por etapas distintas da execução do crime.
Durante a ação, os criminosos renderam moradores e fugiram levando joias, celulares, dinheiro e objetos de valor. O delegado André Baldochi, responsável pela investigação, estima que o prejuízo das vítimas ultrapasse os R$ 4 milhões.
“Nem todas as vítimas conseguiram comparecer ainda para prestar depoimento, e muitas ainda estão fazendo o levantamento do que foi levado. Mas certamente estamos falando de uma cifra milionária”, afirmou Baldochi em entrevista à EPTV.
As investigações já levaram à identificação de sete suspeitos, dos quais seis foram presos até esta quinta-feira (25) quatro em Itapecerica da Serra e em São Paulo (capital) e dois em Ribeirão Preto. Impressões digitais e outras provas encontradas nos locais ligados aos suspeitos devem ajudar a polícia a identificar o restante da quadrilha nos próximos dias.
“Estamos refazendo todo o trajeto do grupo, desde a entrada no condomínio, na noite do dia 23. Seguimos todos os passos anteriores e posteriores, inclusive os veículos usados e os possíveis autores”, disse o delegado.
As buscas continuam e a polícia acredita que novas prisões devem ocorrer em breve.
Fonte: g1