Brasil e sua economia informal: um retrato de duas realidades

Enquanto estados do Sul e Sudeste exibem índices de informalidade próximos aos de nações desenvolvidas, Nordeste e Norte puxam a média nacional para cima, revelando disparidades históricas e econômicas.

Apesar do recente aquecimento do mercado de trabalho, o Brasil ainda tem 37,8% de sua força de trabalho atuando na informalidade. Isso significa que quase quatro a cada dez trabalhadores estão sem acesso a direitos fundamentais como seguro-desemprego, férias remuneradas e licença-médica. Os dados, referentes ao segundo trimestre, são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por trás da média nacional, no entanto, escondem-se realidades profundamente desiguais. Enquanto Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%), São Paulo (29,2%) e Rio Grande do Sul (31,1%) apresentam as menores taxas, sete estados, a maioria no Norte e Nordeste, têm mais da metade de sua população ocupada na informalidade. O Maranhão lidera esse ranking negativo, com 56,2% dos trabalhadores nessa condição.

De acordo com os especialistas, as disparidades têm origens seculares. Estados das regiões Nordeste e Norte têm menor desenvolvimento e produtividade. Isso afeta o Produto Interno Bruto (PIB) desses locais e o mercado de trabalho

Esse cenário é perpetuado por um mecanismo de autorreforço. Novos investimentos tendem a ser atraídos para locais que já possuem infraestrutura consolidada, mão de obra qualificada e um mercado consumidor com maior poder aquisitivo, características mais presentes no eixo Sul-Sudeste.

A baixa geração de empregos formais nessas regiões se reflete diretamente em outro indicador: a taxa de desemprego. Os estados com maior informalidade, como os do Nordeste e Norte, também costumam liderar os rankings de desocupação, criando um ciclo de precariedade.

Para reverter esse quadro, os especialistas defendem a necessidade de políticas de Estado de longo prazo e maior participação da indústria para que ocorra um crescimento econômico sustentável e estável e com isso reduzir as disparidades regionais que marcam o mercado de trabalho brasileiro.

Fonte: Valor Econômico

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