Guilherme Derrite, Secretário da Segurança Pública de SP, afirmou não ver ligação entre facção e mortes por intoxicação; governo estadual articula plano de fiscalização contra venda de bebidas falsificadas
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), descartou nesta terça-feira (30) a participação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na adulteração de bebidas alcoólicas com metanol, que já causou três mortes e deixou outras três pessoas intoxicadas no estado. Dez casos seguem sob investigação.
Derrite deu a declaração durante reunião com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, para discutir um plano emergencial de fiscalização em bares e estabelecimentos comerciais que possam estar comercializando bebidas falsificadas.
A reunião também contou com representantes da cúpula da Segurança Pública, incluindo o comandante da Polícia Militar, o delegado-geral da Polícia Civil, membros do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania (DPPC) e do Procon-SP.
A suspeita de envolvimento do PCC surgiu após uma nota divulgada no domingo (28) pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), que apontava possível ligação entre o metanol usado nas bebidas e o produto ilegalmente importado pela facção para adulterar combustíveis. A ABCF destacou que recentes operações do Gaeco e do Ministério Público de São Paulo levaram ao fechamento de distribuidoras e formuladoras de combustível ligadas ao crime organizado, que utilizavam o metanol de forma fraudulenta.
Apesar da suspeita levantada, Derrite afirmou que, até o momento, não há indícios concretos que vinculem o PCC ao esquema de adulteração de bebidas. O governo estadual reforça que a prioridade agora é intensificar a fiscalização e identificar a origem dos produtos contaminados.
As autoridades alertam a população para que evitem o consumo de bebidas de procedência duvidosa e colaborem com denúncias sobre venda de produtos suspeitos. A ingestão de metanol pode causar sérios danos à saúde, incluindo cegueira e morte.
Fonte: g1