Vítima afirmou ter passado mal após consumir uísque em bar de Barrinha (SP); local apontado como fornecedor não apresentava irregularidades, mas investigação continua.
A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP), em conjunto com a Vigilância Sanitária e a Secretaria Municipal de Saúde, realizou na noite desta quarta-feira (1º) uma operação de fiscalização em uma distribuidora de bebidas localizada na zona Oeste da cidade. A ação foi motivada após um homem, morador de Barrinha (SP), dar entrada no Hospital das Clínicas (HC) com sintomas de intoxicação, possivelmente causada por metanol, após consumir uísque em um bar.
De acordo com as investigações iniciais, a vítima relatou ter passado mal após ingerir a bebida em um estabelecimento de Barrinha. Questionado, o dono do bar indicou que adquire parte das bebidas vendidas em uma distribuidora de Ribeirão Preto. No entanto, durante a fiscalização, os agentes não encontraram nenhuma irregularidade no local.
“Não é um local de envase clandestino. As mercadorias estavam todas lacradas, com nota fiscal. O proprietário forneceu voluntariamente amostras das bebidas comercializadas, que foram apreendidas para análise pericial”, afirmou o delegado seccional Sebastião Vicente Piccinato.
Amostras de sangue do paciente foram coletadas e serão analisadas para confirmar ou descartar a presença de metanol. Segundo o secretário de Saúde de Ribeirão Preto, Mauricio Godinho, que acompanhou a ação, o paciente apresenta sinais compatíveis com intoxicação e deve receber alta em breve.
Em uma nova entrevista à polícia, o dono do bar revelou que, além da distribuidora fiscalizada, também compra bebidas de outros fornecedores informais que aparecem ocasionalmente em seu estabelecimento. A Polícia Civil agora trabalha para identificar esses vendedores e esclarecer se o consumo da bebida contaminada ocorreu, de fato, naquele local.
Desde o aumento de casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado de São Paulo, a Vigilância Sanitária de Ribeirão Preto intensificou as fiscalizações em distribuidoras e bares. “Duas equipes estão atuando desde segunda-feira (29), verificando notas fiscais, registro das garrafas e demais aspectos legais das bebidas comercializadas”, explicou Godinho.
Até o momento, nenhum estabelecimento em Ribeirão Preto foi notificado por irregularidades. As investigações seguem em andamento para rastrear a origem da possível bebida adulterada e evitar novos casos.
Fonte: g1
