Ação conjunta das polícias Civil e Militar visa conter avanço territorial da facção e desarticular sua estrutura; ofensiva ocorre após morte de chefe do tráfico ligado a episódios recentes de violência.
Uma megaoperação integrada das forças de segurança do Rio de Janeiro deixou pelo menos seis suspeitos mortos nesta sexta-feira (10), em ações concentradas em 15 comunidades da Região Metropolitana. A ofensiva tem como alvo o Comando Vermelho (CV) e ocorre no dia seguinte à morte de Ygor Freitas de Andrade, o “Matuê”, apontado como chefe do tráfico em Gardênia Azul e Chacrinha, na Zona Oeste.
As mortes desta sexta ocorreram durante a madrugada no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, Zona Norte da capital, após confronto entre criminosos e agentes do 41º BPM (Irajá). Segundo a Polícia Militar, os policiais foram recebidos a tiros e revidaram, resultando na morte de seis homens.
A operação faz parte da “Operação Contenção”, uma iniciativa permanente voltada para o enfraquecimento da atuação do CV em territórios fluminenses. Desde abril, segundo a Polícia Civil, 98 suspeitos foram presos e outros 10 foram mortos em confrontos.
Um dos principais alvos dessa ofensiva foi “Matuê”, morto na quinta-feira (9) ao lado de dois seguranças, durante uma tentativa de cerco por parte da Polícia Civil. Contra ele, havia três mandados de prisão em aberto. Ele era investigado pela morte do policial civil José Antônio Lourenço, em maio, e também por participação em uma ação violenta que terminou com seis mortos em agosto.
“Estávamos monitorando esse marginal há muito tempo. Hoje, foi feita uma operação cirúrgica para capturá-lo”, afirmou o chefe da Polícia Civil, delegado Felipe Curi. “No momento da abordagem, ele e os seguranças reagiram e foram neutralizados.”
Segundo a Secretaria de Segurança, a comunidade da Chacrinha tem papel estratégico na logística do Comando Vermelho e seria utilizada como base para expansão da facção na Zona Oeste do Rio. A operação desta sexta visou atingir diretamente a estrutura financeira, logística e operacional da organização criminosa.
A ofensiva continua e deve se estender nos próximos dias, com o objetivo de restaurar a segurança em comunidades que vêm sendo palco de constantes confrontos e ações do tráfico.
Fonte: g1
