Deputado compartilha post que afirma que Temer e o Centrão foram os verdadeiros arquitetos da queda da ex-presidente em 2016.
Em um movimento que surpreendeu o meio político, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, compartilhou em suas redes sociais uma publicação que faz uma revelação bombástica sobre os bastidores do impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
O deputado, atualmente nos Estados Unidos, endossou a visão de que a ex-presidente petista não foi derrubada por conta dos protestos populares ou pelas chamadas “pedaladas fiscais” – as razões jurídicas formais do processo – mas, sim, por uma manobra política orquestrada pelo Centrão e por Michel Temer, que assumiu a Presidência após o afastamento de Dilma. A motivação, segundo a publicação compartilhada, seria a busca do Centrão por continuar “mamando nos cofres públicos”, o que Dilma já não aceitaria mais.
A Confissão nas Redes Sociais
A postagem compartilhada por Eduardo Bolsonaro, que se deu em meio a comentários sobre a aposentadoria do ministro do STF Luís Roberto Barroso, não deixou margem para dúvidas sobre sua interpretação dos fatos.
O trecho que circulou nas redes sociais e recebeu o endosso do deputado é direto: “Afinal, todo mundo sabe que o impeachment da Dilma só saiu porque o Temer e o centrão quiseram, não foi por causa dos protestos, muito menos do Kim Kataguiri. Só trouxa acredita nisso“.
Essa afirmação representa uma ruptura com a narrativa que sustentou o processo de impeachment de 2016, na qual a base de apoio do então deputado Jair Bolsonaro e seus filhos, incluindo Eduardo, defendia a legalidade e a legitimidade da cassação do mandato de Dilma por crime de responsabilidade.
O teor da postagem agora sugere que o verdadeiro motor do processo foi o cálculo político e a busca por poder do Centrão que se uniu em torno do vice-presidente Michel Temer para continuar sugando o dinheiro público com emendas sem transparência e com sinais explícitos de corrupção por parte desse grupo, que tem atrasado o desenvolvimento social e econônico pais.
Fonte: Metropoles, Brasil 247, Meteoro Brasil