Seis dias após o anúncio do prêmio à opositora venezuelana, presidente brasileiro mantém silêncio, em contraste com líderes mundiais que celebraram a honraria como símbolo da defesa da democracia na América Latina.
Já se passou uma semana desde que Maria Corina Machado foi anunciada como vencedora do Prêmio Nobel da Paz, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue sem reconhecer publicamente a conquista da opositora venezuelana. O silêncio de Lula tem gerado críticas e constrangimento internacional, especialmente diante da postura de outros líderes globais que celebraram a escolha como um marco na luta democrática contra regimes autoritários.
Reconhecida por sua resistência firme ao regime de Nicolás Maduro, Maria Corina foi homenageada por sua atuação em defesa dos direitos humanos e pela promoção de eleições livres na Venezuela. A premiação foi vista por muitos governos como uma sinalização clara de apoio às forças democráticas da região.
Apesar disso, Lula optou por não se pronunciar, mantendo a linha diplomática de aproximação com o governo de Maduro aliado histórico de seu partido. A atitude contrasta com declarações anteriores do presidente, que chegou a minimizar as denúncias da opositora venezuelana e até sugeriu que ela “parasse de chorar”.
O silêncio de Lula levanta questionamentos sobre seu posicionamento em relação a regimes autoritários e reforça críticas de que estaria priorizando alianças políticas em detrimento de valores democráticos. Enquanto chefes de Estado de diversas nações destacaram a importância da premiação como um gesto simbólico de resistência contra a repressão, o presidente brasileiro permanece isolado em sua omissão.
A postura adotada por Lula não apenas reforça sua proximidade com Maduro, mas também alimenta a narrativa de que o Brasil estaria se afastando de um papel ativo na defesa da democracia na América Latina justamente em um momento em que o mundo volta seus olhos para a crise venezuelana.
Fonte: diariodopoder.com.br