Diocese de Diamantino apura conduta do padre Luciano Braga Simplício após imagens em casa paroquial repercutirem nas redes; caso pode resultar em sanções severas previstas pelo Código de Direito Canônico.
A pacata cidade de Nova Maringá, no interior de Mato Grosso, com pouco mais de cinco mil habitantes, foi surpreendida nesta semana por um escândalo que rapidamente se espalhou pelas redes sociais. Um vídeo viral mostra o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, ao lado da noiva de um fiel em uma casa paroquial do município, localizado a 392 quilômetros de Cuiabá.
A gravação provocou intensa repercussão na comunidade local e em todo o país, levantando questionamentos sobre a conduta do sacerdote. No áudio divulgado juntamente com o vídeo, o padre nega qualquer envolvimento amoroso com a mulher e afirma que ela apenas pediu autorização para usar o quarto e tomar banho.
Apesar da justificativa, o episódio gerou indignação e levou a Diocese de Diamantino a iniciar, na terça-feira (14/10), uma investigação formal sobre o caso. Em nota, a instituição confirmou que apura os fatos e que tomará as medidas cabíveis após a devida análise.
De acordo com o Código de Direito Canônico, promulgado pelo Papa João Paulo II em 1983, padres do rito latino devem observar o celibato, sendo proibidos de manter relações afetivas ou sexuais. O descumprimento desse compromisso é considerado uma infração grave, com potencial para comprometer não apenas a imagem do sacerdote, mas também a credibilidade da Igreja Católica diante da comunidade.
Casos de exposição pública, como o registrado em Nova Maringá, podem resultar em sanções disciplinares que variam desde advertências até a suspensão das funções sacerdotais. Em situações mais graves ou reincidentes, o padre pode até mesmo ser reduzido ao estado laical ou seja, perder oficialmente o direito de exercer o ministério religioso.
A responsabilidade pela condução da investigação e pela aplicação das sanções cabe ao bispo diocesano, que decide se o processo será tratado localmente ou encaminhado à Congregação para o Clero, no Vaticano. Além da punição, a Igreja busca oferecer acompanhamento tanto ao sacerdote quanto à comunidade envolvida, com o objetivo de reparar o escândalo e restaurar a confiança abalada.
Todas as medidas, no entanto, dependem da comprovação dos fatos, das circunstâncias específicas do caso e do julgamento eclesiástico, que será conduzido nos próximos dias.
Fonte: Metrópoles