Polícia Civil investiga o caso; dona da empresa Rota Turismo enviou mensagens informando que não fará reembolsos. Clientes relatam frustração e prejuízos com pacotes já pagos.
Cerca de 300 pessoas afirmam ter sido lesadas após o fechamento inesperado da agência Rota Turismo, localizada em São João da Boa Vista (SP). A empresa, registrada oficialmente como OPR Turismo e Viagens Ltda, alegou falência por meio de mensagens enviadas aos clientes e informou que não terá condições de realizar reembolsos.
A Polícia Civil do município já iniciou uma investigação para apurar o caso. A dona da agência, identificada como Michele Cunha de Carvalho, única registrada oficialmente como sócia e administradora, não respondeu aos contatos da imprensa até a última atualização da reportagem.
Clientes relatam surpresa e frustração diante da situação. A administradora Amanda Gregório, que tinha uma viagem marcada com amigas para a próxima semana, afirmou que os valores foram pagos há dois meses, mas as reservas não estavam quitadas pela agência.
“A minha reserva já estava confirmada, porém não estava paga. É um esquema que a gente não entende. Eu paguei toda a viagem, minha e das minhas amigas, e agora estamos sem resposta”, relatou.
Outros consumidores também narram o impacto emocional e financeiro da situação. A técnica de enfermagem Márcia Guimarães planejava viajar pela primeira vez com a filha, Letícia Marques, para Salvador, em dezembro.
“A partir do dia 16 de outubro, entrei em contato com a dona e recebi uma mensagem, que parecia gravada, dizendo que estava falida”, disse Márcia.
Letícia, estudante, lamentou o cancelamento da viagem. “Foi um sonho destruído. Sempre quis conhecer Salvador, curtir o carnaval. Ela [a dona] disse que era um destino lindo e, no fim, nos enganou”, desabafou.
Apesar de Michele ser a única oficialmente registrada como responsável pela empresa, as vítimas mencionam a atuação de outra mulher, identificada como Karen, que se apresentava informalmente como sócia e mantinha contato direto com os clientes.
O caso segue em apuração, e os consumidores afetados buscam alternativas jurídicas para tentar recuperar os valores investidos.
Fonte: g1.com