Tecnologia da Legun revoluciona o tratamento de esgoto e água ao eliminar até 80% do lodo, cortar custos e mitigar riscos ambientais com um processo biológico natural e eficiente.
O acúmulo de lodo nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e de Água (ETAs) no Brasil tem se tornado um desafio silencioso, mas de proporções crescentes para o setor de saneamento básico e para o meio ambiente. O subproduto, rico em sólidos e contaminantes, é resultado inevitável do processo de purificação da água, e sua má gestão pode gerar sérios impactos ambientais e financeiros.
A deposição descontrolada desse resíduo, especialmente em lagoas de tratamento, leva ao assoreamento e reduz a capacidade operacional das estações, comprometendo a eficiência do tratamento e a qualidade dos efluentes lançados em rios e córregos. A remoção desse material, tradicionalmente realizada por dragagem, representa custos elevados para municípios e concessionárias, muitas vezes superiores aos orçamentos anuais destinados ao saneamento.
Diante dessa realidade, a Legun, empresa de biotecnologia ambiental, desenvolveu uma solução inovadora que promete transformar a gestão do lodo em um processo sustentável e de baixo impacto. A tecnologia, baseada na bioaumentação, utiliza microrganismos autóctones bactérias benéficas isoladas do próprio esgoto local e multiplicadas em laboratório que, ao serem reintroduzidas nas lagoas de tratamento, aceleram a degradação da matéria orgânica diretamente no local.
O resultado é expressivo: a metodologia pode reduzir até 80% do volume de lodo e diminuir as emissões de CO₂ em até 30 vezes, eliminando a necessidade de dragagem e o transporte de resíduos para aterros ou incineração. Além de reduzir custos operacionais, o processo praticamente zera os riscos ambientais associados à disposição inadequada do material.
Embora o reaproveitamento do lodo tratado como fertilizante agrícola seja uma alternativa já estudada por instituições como a Embrapa, esse uso ainda enfrenta desafios. O lodo de ETEs pode conter metais pesados, microrganismos patogênicos e compostos orgânicos tóxicos, exigindo monitoramento rigoroso conforme as normas do CONAMA e do Ministério da Agricultura. A acumulação desses contaminantes no solo e na cadeia alimentar é um risco latente que torna o controle técnico indispensável.
Nesse cenário, a abordagem da Legun se destaca por tratar o problema em sua origem, evitando o acúmulo do lodo e suas consequências ambientais. Ao apostar em uma solução biotecnológica de base natural e local, a empresa oferece uma alternativa que alia eficiência operacional, sustentabilidade e economia circular, reforçando a importância da inovação científica na busca por um saneamento mais limpo e acessível.
Fonte: g1.com