Registro Digital do Voto substitui voto impresso, permite recontagem sem intervenção humana e reforça a transparência do processo eleitoral
Com a aproximação das eleições de 2026, cresce o interesse da população em entender os mecanismos de segurança do sistema eletrônico de votação. A Justiça Eleitoral reforça que as urnas brasileiras são seguras, transparentes e auditáveis. Um dos principais recursos que garantem essa confiabilidade é o Registro Digital do Voto (RDV) tecnologia que permite a verificação dos votos registrados sem comprometer o sigilo do eleitor.
O RDV é uma tabela digital que registra, de forma embaralhada, os votos digitados na urna, sem qualquer identificação do eleitor ou do horário da votação. Por não conter informações pessoais, garante o sigilo e, ao mesmo tempo, permite auditoria total do resultado. A ferramenta atua como uma versão digital do voto impresso, mas com vantagens: não pode ser adulterada, rasurada ou extraviada, como poderia ocorrer com cédulas físicas.
Logo após o encerramento da votação, os partidos políticos e coligações podem solicitar os RDVs de todas as urnas que desejarem. Pouco tempo depois, os registros também são disponibilizados publicamente na internet, por meio da página de Resultados da Justiça Eleitoral. A consulta é feita selecionando o estado, município, zona eleitoral e seção, e clicando em “RDV”.
Além disso, os dados registrados podem ser auditados e comparados aos Boletins de Urna (BU), documentos impressos e divulgados ao final da votação em cada seção eleitoral, além de estarem disponíveis online. Essa comparação assegura que os resultados contabilizados eletronicamente correspondem exatamente aos que foram registrados nas urnas.
Para garantir a integridade e a inviolabilidade do sistema, são utilizados mecanismos avançados de segurança da informação, como criptografia, assinatura digital e hashes (resumos digitais). Essas tecnologias protegem os dados desde o momento em que o voto é registrado até sua totalização.
Na prática, o RDV torna possível recontar os votos em caso de necessidade, sem interferência humana, reduzindo riscos de fraudes ou erros. Com isso, o modelo brasileiro de votação eletrônica reforça seu compromisso com a transparência e a confiabilidade do processo democrático.
Fonte: TRE-SP.
