Estudo realizado pela Frente Parlamentar Mista da Educação em parceria com o Lemann Center da Universidade de Stanford mostra que mais de 80% dos estudantes brasileiros estão mais concentrados após a proibição do uso de celulares em sala, mas alerta para desafios como tédio e ansiedade no intervalo.
Uma pesquisa recente da Frente Parlamentar Mista da Educação, em conjunto com o Equidade.info, do Lemann Center da Universidade de Stanford, revelou que a proibição do uso de celulares nas escolas brasileiras trouxe ganhos significativos na atenção dos estudantes durante as aulas. De acordo com o levantamento, mais de 80% dos alunos afirmam estar mais focados nas atividades escolares desde a implementação da lei, sancionada em janeiro de 2025.
O impacto foi especialmente notável nos anos iniciais do Ensino Fundamental, onde 88% dos estudantes relataram melhora na concentração. No Ensino Médio, o índice, embora menor, também é expressivo, chegando a 70%. Além disso, gestores e professores destacaram a redução do bullying virtual, com 77% dos primeiros e 65% dos segundos observando menos casos desse tipo de violência.
Apesar dos benefícios, a pesquisa também apontou efeitos colaterais importantes. Quase metade dos professores (49%) perceberam aumento da ansiedade entre os alunos, e 44% dos estudantes disseram sentir mais tédio nos intervalos, sugerindo a necessidade de repensar as dinâmicas de interação e engajamento no ambiente escolar.
Segundo os pesquisadores, os resultados confirmam avanços importantes no foco e no aprendizado com a medida, mas também indicam que a retirada dos celulares exige que escolas criem novas formas de socialização e participação para garantir o bem-estar dos estudantes.
Fonte: Tv Vargem