Operação da Polícia Civil apura ligação entre estabelecimentos da região e casos de intoxicação em municípios vizinhos; amostras foram enviadas para análise pericial.
Supermercados de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, são alvos da Operação Alambique Barra, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (23), para investigar a possível venda de uísques contaminados com metanol, substância altamente tóxica para o consumo humano. A ação foi motivada por denúncias de que quatro pessoas passaram mal em um município vizinho após ingerirem bebidas da mesma marca e lote.
Durante as diligências, os agentes recolheram amostras das bebidas suspeitas e documentos fiscais dos estabelecimentos vistoriados. O material foi encaminhado à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que deverá confirmar a presença de metanol e verificar a autenticidade das embalagens e rótulos dos produtos.
De acordo com o delegado Adriano Marcos Alencar, da 1ª Delegacia de Barra do Garças, o objetivo da operação é “identificar os pontos de venda e distribuição de bebidas adulteradas, evitando que produtos potencialmente tóxicos continuem sendo comercializados”.
A investigação é um desdobramento de um caso ocorrido em Água Boa, a 736 km de Cuiabá, onde quatro pessoas apresentaram sintomas como tontura, vômitos e fortes dores após consumir uísque com o lacre violado. A suspeita é de que o lote adulterado tenha sido distribuído para outras cidades da região.
A Polícia Civil também realizou, na última terça-feira (21), a Operação Gole Mortal, em Nova Xavantina, a 651 km da capital. Na ocasião, foram apreendidas mais de 60 garrafas de uísque suspeitas de adulteração. O município é próximo a Água Boa, onde uma das vítimas de intoxicação por metanol precisou ser transferida para Goiânia (GO) em estado grave. O primeiro caso confirmado de contaminação no estado foi registrado nesta quarta-feira (22).
O delegado Flávio Leonardo Santana Silva, que acompanha as investigações, reforçou o alerta à população.
“O consumo de bebidas de procedência duvidosa representa um grave risco à saúde. Solicitamos que os cidadãos façam denúncias anônimas sobre práticas suspeitas para ajudar no trabalho policial”, afirmou.
As investigações seguem para identificar toda a cadeia de comercialização e impedir que novas unidades das bebidas adulteradas cheguem aos consumidores.
Fonte: g1.com







