A criança está traumatizada e com o rosto inchado; Polícia Civil de Franca vai investigar o caso que repercutiu nas redes sociais da cidade.
Um homem é acusado de ter incentivado o próprio filho a agredir um menino de 7 anos em Franca (SP). O caso, registrado em vídeo e compartilhado nas redes sociais, aconteceu no último domingo (26) na Vila São Sebastião. De acordo com o aposentado João Eurípedes Sousa, avô da vítima, o pai do agressor obrigou o neto a sentar no chão para apanhar.
Segundo o relato de João Eurípedes, o adulto interveio após ver os filhos se desentendendo durante uma brincadeira de rua. Em vez de separar a briga, ele teria estimulado o filho a continuar as agressões. O avô afirma que o homem gritava para a criança bater e chutar o colega, enquanto o menino caído chorava e tentava se proteger.
As imagens mostram uma criança sem camisa sendo golpeada com chutes e socos sob as instruções de um adulto que aparece fora do enquadramento. O vídeo causou indignação entre os moradores do bairro e foi amplamente compartilhado nas redes sociais.
Mesmo sem o registro inicial de boletim de ocorrência por parte da família, a Polícia Civil informou que vai investigar o caso. Após a repercussão, a fachada da casa do suspeito foi alvo de vandalismo, o que motivou a intervenção da Polícia Militar. Um novo boletim foi registrado em decorrência do ataque.
O avô relatou que o neto ficou profundamente abalado e com o rosto inchado após as agressões. “Ele está muito traumatizado, não quer sair de casa nem ir à escola”, afirmou João Eurípedes, emocionado.
Ainda de acordo com o aposentado, o pai do agressor procurou a família para pedir desculpas e admitiu ter errado. Mesmo assim, João acredita que o pedido de perdão não é suficiente para encerrar o caso. “Perdoar, a gente até perdoa, mas o que ele fez foi errado demais. Mandar o menino se ajoelhar para apanhar é algo que não pode ficar sem punição”, declarou.
A Polícia Civil deve ouvir os envolvidos nos próximos dias e analisar as imagens que circularam na internet para apurar as responsabilidades.
Fonte: g1.globo.com







