Secretaria de Saúde de Araras confirma um óbito e uma recuperação, reforça a importância da vacinação e orienta a população a buscar unidades de saúde diante de sinais suspeitos.
Um homem de 30 anos, sem doenças pré-existentes, morreu vítima de meningite bacteriana no último dia 13 de outubro em Araras (SP). A confirmação foi divulgada pela prefeitura municipal, que também registrou um segundo caso, de um homem de 38 anos que contraiu a doença, mas já recebeu alta hospitalar. O cenário ganha contorno regional com a notícia da morte de uma criança com meningite na vizinha Leme, no dia 12 de outubro.
Diante dos casos, as autoridades de saúde emitem um alerta sério, porém ponderado, para que a população redobre a atenção aos sintomas e verifique sua situação vacinal, enfatizando que não há motivo para pânico.
Transmissão – a meningite é uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Conforme explicou o médico da Vigilância Epidemiológica de Araras, Rodrigo Klein, em nota, o tipo bacteriano registrado é o mais grave, porém também o menos comum. “É passado pelo ar, principalmente em dias mais frios. Por isso orientamos que as pessoas deixem sempre o ambiente bem ventilado”, disse o especialista.
A doença pode ser causada por diversos agentes, incluindo vírus, fungos, parasitas e, como nestes casos, bactérias. Também pode ter origens não infecciosas.
Vacinação: a principal arma de prevenção – autoridades públicas de saúde reforçam que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente vacinas que previnem contra os principais tipos de meningite bacteriana. O calendário vacinal inclui:
- Meningocócica C: Aplicada em três doses, aos três, cinco e doze meses de vida.
- Meningocócica ACWY: Tem nova recomendação do Ministério da Saúde. Além de ser aplicada em adolescentes de 11 a 14 anos, agora também está disponível como reforço para a vacina C em crianças de um ano de idade.
- Outras vacinas: A pneumocócica 10, a BCG e a penta também conferem proteção contra alguns tipos da doença.
Em Araras, onde ocorreu o caso mais grave, a cobertura vacinal para a meningo C está em um nível considerado excelente, de 99,65%. No entanto, a adesão à meningocócica ACWY é de apenas 33,8%, um dado que preocupa as autoridades. A população é orientada a procurar a sala de vacina mais próxima para atualizar a caderneta.
Sinais de alerta – os sintomas da meningite bacteriana costumam surgir de forma rápida e intensa. De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sinais são:
- Febre alta
- Mal-estar
- Vômitos
- Dor forte de cabeça e no pescoço
- Dificuldade para encostar o queixo no peito (rigidez na nuca)
- Manchas vermelhas espalhadas pelo corpo (em alguns casos)
A orientação médica é clara: diante da manifestação desses sintomas, especialmente a combinação de febre alta com dor de cabeça intensa e rigidez da nuca, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente. O diagnóstico e o tratamento precoces são decisivos para o desfecho da doença.
Fonte: G1 São Carlos
