Entre os 121 mortos, estão criminosos da Bahia, Amazonas, Pará e Goiás; operação evidencia expansão nacional da facção e aumento do poderio armado
A polícia do Rio de Janeiro identificou entre os mortos da megaoperação da semana passada elementos do Comando Vermelho oriundas de diferentes estados, incluindo Bahia, Amazonas, Pará e Goiás. A ação, apontada como uma das mais letais do mundo, resultou em 121 mortes e mostra a presença nacional da facção criminosa.
O Comando Vermelho, atualmente chefiado por Luciano Martiniano da Silva, conhecido como Pezão, mantém influência em 25 dos 27 estados brasileiros. A facção vem ampliando sua atuação nos últimos anos, com operações interestaduais e até internacionais, tornando-se um verdadeiro Estado paralelo com controle territorial, logística própria e forte armamento.
Entre os mortos estavam Wesley Martins e Silva, o Pepê, de 27 anos, apontado como membro do CV no Pará e investigado pelo assassinato de um policial militar em Belém em novembro de 2024. Ele ostentava fuzis, joias e dinheiro em fotos e vídeos nas redes sociais e era vinculado à Tropa do Pará e à Tropa do Urso, grupo especializado em invadir territórios de facções rivais.
Outro paraense morto na operação foi Lucas da Silva Lima, o LK, de 29 anos, responsável por confrontos na Penha, Rio de Janeiro, e investigado por chacinas e assassinatos de policiais ocorridos entre 2019 e 2025.
No Amazonas, Francisco Myller Moreira da Cunha, o Gringo, de 32 anos, condenado a 34 anos de prisão por homicídio e organização criminosa, e Douglas Conceição de Souza, o Chico Rato, de 32 anos, condenado a 40 anos por homicídios de dois irmãos, também morreram na ação. Ambos tinham histórico de crimes violentos e tráfico de drogas.
Fonte: agendadopoder.com.br







