Bloco fisiológico, PP, União Brasil, MDB, PSD e Republicanos, é apontado como principal obstáculo à consolidação fiscal e ao avanço de reformas necessárias,
Um relatório contundente da consultoria canadense BCA Research, distribuído a clientes ontem, quinta-feira (06/10), escancara o que a sociedade brasileira já sente no dia a dia: a dependência do governo federal de partidos do chamado Centrão – PP, União Brasil, MDB, PSD e Republicanos – é um entrave estrutural ao desenvolvimento do país.
Segundo a análise, essa relação simbiótica e fisiológica é o “principal obstáculo à consolidação fiscal e à aprovação de reformas estruturais”, condenando o Brasil a uma perpetuação de sua fragilidade econômica.
A consultoria é categórica ao afirmar que, independentemente do presidente no cargo, o Centrão é verdadeiro obstáculo das políticas públicas”. A maioria do parlamentares do Centrão em especial seus líderes usam a lógica perversa de troca de apoio político por aumento de gastos públicos, sem retorno para sociedade
O modus operando do Centrão, conforme detalhado pela BCA, opera em três frentes que prejudicam diretamente o país:
Fragilidade Fiscal Perpetuada: o apoio no Congresso é negociado com a moeda mais cara e perversa para a economia: o aumento do gasto público, frequentemente direcionado a emendas de relator (o famoso “orçamento secreto”) e cargos comissionados.
Essa prática incha o Estado, desvia recursos de áreas prioritárias e compromete qualquer tentativa séria de equilíbrio das contas públicas, base fundamental para a estabilidade e o crescimento de longo prazo.
Prioridade a projetos locais em detrimento do Nacional: a lógica clientelista do Centrão privilegia obras e benesses com apelo eleitoreiro em bases locais, em vez de projetos de infraestrutura macroeconômicos e reformas (tributária, administrativa) que beneficiariam todo o país.
O Brasil fica refém de uma visão curta e eleitoral, enquanto nações competidoras avançam com planejamento estratégico.
Comprometimento da credibilidade: para o mercado internacional, a submissão do Executivo a um bloco fisiológico é um sinal vermelho. A BCA alerta que este modelo afasta investidores estrangeiros, que enxergam nele um alto grau de risco institucional e a incapacidade do país de honrar compromissos fiscais de longo prazo. O custo disso é menos empregos, menos tecnologia e menos desenvolvimento para os brasileiros.
Custo do fisiologismo para a sociedade – enquanto o jogo de trocas de favores entre o Planalto e o Centrão segue a pleno vapor, a sociedade paga a conta. A falta de reformas estruturais significa um Estado ineficiente, uma carga tributária asfixiante e um ambiente desfavorável aos negócios.
A educação, a saúde e a segurança – áreas vitais para a população – continuam deficitárias porque os recursos são drenados para atender a demandas fisiológicas, não técnicas.
O relatório da BCA Research não é apenas um diagnóstico econômico; é um retrato cru da crise política brasileira. Ele evidencia que o problema não está apenas em um governo ou outro, mas em um sistema que permite que um grupo sem compromisso com um projeto de nação tenha o poder de vetar o futuro do país.
O Centrão, com sua política de baixo clero e altos custos, consolidou-se não como um partido, mas como um sindicato de interesses que mantém o Brasil preso ao passado, hipotecando o potencial de desenvolvimento real em troca de poder e benesses imediatas.
Fonte: CNN







