Deputado bolsonarista faz proposta que inviabiliza investigações federais sobre crime organizado; vai entrega o país às máfias, milícias e facções
Em meio à crise de falsificação de bebidas atribuída ao crime organizado em São Paulo, o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL-SP), enfrenta duras críticas por seu papel duplo: comanda a polícia paulista e, ao mesmo tempo, relata no Congresso a PEC 45/2024, apelidada de “PEC das Facções”.
Suas proposta como relator está tentando restringir a atuação da Polícia Federal (PF) em investigações de contra o crime organizado nos estados, facilitando com isso a ação de quadrilhas, máfias e facções em vários crimes: falsificação de bibidas, distribuição de combustíveis, lavagem de dinheiro em fintechs
As proposta de Derrite estão sendo classificadas como “escandalosas” por integrantes do Ministério da Justiça (MJ), por condicionar a atuação conjunta da PF e das forças locais à solicitação dos governadores estadduais, ou seja, “PF terá que pedir aval das raposas para investigar crimes nos galinheiros”.
Derrite quer criar barreiras inconstitucionais à atuação da Polícia Federal, isso pode representar um presente “de Natal” aos líderes de facções criminosas ficarem livre e soltos.
O Secretário Nacional de Segurança Pública, reforça a ilegalidade da proposta: “A Constituição não impõe limites à atuação da PF em crimes com repercussão interestadual. Derrite tenta impor condições que o texto constitucional não prevê.”
Integrantes da Polícia Federal afirmam que o projeto “não tem precedentes” e veem na proposta uma tentativa de enfraquecer o alcance das investigações — inclusive as que envolvem autoridades.
Fontes: Folha de S. Paulo, Estadão e Metrópoles







