Nova diretriz do governo dos Estados Unidos amplia avaliação de saúde em pedidos de visto e pode dificultar entrada de estrangeiros com condições médicas pré-existentes
O governo de Donald Trump anunciou uma nova orientação que pode alterar significativamente o processo de concessão de vistos para estrangeiros. De acordo com um documento obtido pela agência Associated Press, embaixadas e consulados dos Estados Unidos em todo o mundo passarão a exigir informações mais detalhadas sobre a saúde dos solicitantes, levando em conta doenças crônicas e condições médicas como obesidade, hipertensão e diabetes.
A medida, que faz parte de uma série de políticas voltadas ao controle migratório, foi encaminhada pelo Departamento de Estado norte-americano na semana passada. Embora não tenha caráter obrigatório, a diretriz recomenda que funcionários consulares analisem de forma mais ampla o perfil dos candidatos, incluindo dados de saúde, idade, estado civil, situação financeira, nível de educação e histórico de uso de benefícios sociais do governo americano.
Segundo o documento, condições médicas como doenças metabólicas, cardiovasculares, neurológicas e transtornos mentais incluindo depressão e ansiedade poderão ser consideradas no processo de análise. O texto menciona, ainda, que candidatos cuja condição de saúde possa gerar “custos elevados de tratamento” nos Estados Unidos poderão ter o pedido de visto negado.
A orientação não estabelece critérios automáticos de exclusão, mas determina que as informações de saúde sejam avaliadas junto a outros fatores, como comprovação de renda e documentação adequada. Turistas não estão incluídos nessa ampliação das exigências, que se aplica principalmente a vistos de trabalho, estudo e residência.
Atualmente, candidatos a vistos de longa duração já são obrigados a realizar exames médicos com profissionais credenciados pela Embaixada dos Estados Unidos no país de origem. Com a nova diretriz, o processo se tornará ainda mais rigoroso, fortalecendo a política migratória restritiva que tem marcado o governo de Donald Trump.
Fonte: g1.globo.com







