Doença fúngica com potencial zoonótico tem dois casos confirmados em gatos e leva à desinfecção do “Castelinho”
A cidade de Pirassununga, no interior de São Paulo, emitiu um alerta sanitário após a confirmação de casos de esporotricose, uma infecção fúngica que afeta principalmente felinos e pode ser transmitida para seres humanos, sendo, portanto, uma zoonose. Em decorrência disso, o Parque Infantil do “Castelinho” foi imediatamente interditado para passar por um processo de desinfecção rigoroso.
De acordo com informações do Canil Municipal, dois casos da doença foram confirmados em gatos encontrados nas proximidades do parque. O veterinário responsável pelo Canil, Gustavo Martinelli, informou em entrevista que, além dos confirmados, há outros dois casos suspeitos, caracterizados por “feridas ulceradas que não cicatrizam”.
A esporotricose é causada pelo fungo do gênero Sporothrix, que está presente no solo e em materiais orgânicos. Embora possa atingir diferentes espécies, manifesta-se com maior frequência em gatos. A transmissão para humanos ocorre principalmente através do contato com feridas dos animais, bem como por arranhões e mordidas.
Martinelli ressalta que a disseminação da doença ocorre sobretudo entre os animais de rua. “É uma doença fúngica, popularmente chamada de micose, e de potencial zoonótico. O contágio se dá geralmente em gatos machos em situação de rua, por conta da disputa de território e brigas que geram ferimentos. Com isso, existe maior chance de entrar em contato com o fungo Sporothrix”, detalhou o veterinário.
Como medida preventiva, a prefeitura optou pela interdição imediata do parque infantil do Castelinho. O local está passando por uma higienização que inclui o uso de “vassoura de fogo” (uma técnica de desinfecção térmica) em todos os brinquedos e itens, além de uma desinfecção química. As autoridades também anunciaram que a areia do playground será totalmente trocada para remover qualquer vestígio do fungo do solo. A recomendação oficial é que a população não frequente o local até a liberação.
A Vigilância Sanitária reforça o alerta sobre como a população deve proceder ao encontrar animais com suspeita da doença:
Não toque no animal: Devido ao risco de contágio, é crucial que a população não tente manipular gatos com feridas expostas.
Acione as autoridades: Caso visualize um animal com feridas abertas ou que não cicatrizam, a orientação é entrar em contato imediatamente com a Vigilância Sanitária de Pirassununga para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
Fonte: g1.globo.com







