Empresa é citada em debate interno sobre cumprimento da Lei Magnitsky nos EUA
O patrocínio da Coca-Cola ao XXVI Congresso Nacional do Ministério Público, realizado em Brasília entre 11 e 14 de novembro, desencadeou um debate interno no governo dos Estados Unidos. O evento contou com a participação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que desde julho deste ano está incluído na lista de sancionados pela Lei Magnitsky por decisão do presidente Donald Trump.
Segundo apuração, um integrante do alto escalão do Departamento de Estado entrou em contato direto com um executivo da empresa nos EUA para manifestar preocupação. A interlocução ocorreu em tom de advertência e deixou claro que a presença de Moraes no evento tornava o apoio financeiro da multinacional incompatível com as diretrizes de Washington em relação a pessoas sancionadas.
Membros da Casa Branca afirmam que empresas com operações nos Estados Unidos não devem financiar iniciativas que possam dar visibilidade a indivíduos incluídos na Lei Magnitsky. Embora o caso da Coca-Cola tenha ganhado repercussão por envolver uma companhia de grande porte e sede norte-americana, a mesma insatisfação também recaiu sobre outros patrocinadores, entre eles PicPay, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Febraban.
Um representante do Departamento de Estado declarou que pessoas físicas ou jurídicas que forneçam apoio financeiro a indivíduos sancionados podem se expor ao risco de sofrer medidas punitivas. Ao ser questionado sobre as empresas específicas, o funcionário reiterou que os EUA não antecipam informações sobre eventuais sanções ou fiscalizações.
A apuração indica ainda que Washington prepara ações para reforçar a aplicação da Lei Magnitsky no Brasil, após identificar brechas que permitiriam a aproximação de entidades e empresas nacionais ou multinacionais com nomes incluídos na lista de restrições.
Fonte: metropoles.com







