Ex-presidente começou a cumprir 27 anos e 3 meses de prisão por liderar trama golpista.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de prisão imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A pena será cumprida na própria Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde o ex-mandatário já se encontra detido preventivamente desde o último sábado, dia 22 de novembro.
Ontem, terça-feira (25 de novembro), Moraes determinou o trânsito em julgado dos processos de Bolsonaro e de outros réus considerados parte do núcleo 1 da trama golpista, incluindo Alexandre Ramagem, Anderson Torres e Almir Garnier. Essa decisão final abriu o caminho para que o ex-presidente comece a cumprir definitivamente a sua sentença.
O ex-presidente estava na Superintendência da PF em decorrência de uma prisão preventiva decretada no sábado, 22 de novembro, em um processo que apura coação contra a Justiça. Essa decisão de Moraes foi motivada pela convocação de uma vigília por parte do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair, e também pela tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica no início da madrugada. O próprio ex-presidente confirmou posteriormente que violou o equipamento usando um ferro de solda.
Desde julho, Bolsonaro cumpria medidas cautelares, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica, em outro processo judicial relacionado à coação contra a Justiça, envolvendo também seu filho Eduardo Bolsonaro (PL).
Em 4 de agosto, o STF considerou que o ex-mandatário violou as medidas cautelares e, por isso, a Suprema Corte decretou a prisão domiciliar. Ele permaneceu preso em casa até 22 de novembro, quando Moraes, atendendo a um pedido da PF, decretou a prisão preventiva por considerar que havia risco de fuga. Bolsonaro alegou que violou a tornozeleira eletrônica por “curiosidade” e depois afirmou ter tido “alucinações” de que o dispositivo possuía uma escuta.
Fonte: Metropoles.com







