Tempestade causa inundações históricas, evacuações em massa e operações de resgate em três países
A passagem de um ciclone tropical pelo Sudeste Asiático provocou inundações severas, deslizamentos de terra e um crescente número de vítimas em diferentes países da região. Após uma semana de chuvas intensas, autoridades ainda contabilizam mortos, desaparecidos e danos estruturais.
Nesta quinta-feira (27), equipes de emergência da ilha de Sumatra, na Indonésia, confirmaram que ao menos 61 pessoas morreram em consequência da tempestade. No mesmo dia, o governo da Tailândia atualizou o balanço para 55 mortes. A Malásia também sofreu com o avanço do ciclone, registrando 2 mortos e cerca de 34 mil pessoas retiradas de suas casas. As autoridades malasianas mantêm alertas de chuva forte, o que pode elevar esses números.
As enchentes atingiram níveis alarmantes e, em algumas áreas, chegaram a 2 metros de altura. Em Hat Yai, a quinta maior cidade tailandesa, milhares de moradores ficaram isolados. Na última sexta-feira (21), o município registrou 335 milímetros de chuva em 24 horas, o maior volume diário dos últimos 300 anos no país.
Equipes de resgate da Indonésia e da Tailândia trabalham sem interrupção para alcançar sobreviventes e localizar pessoas desaparecidas. Drones e helicópteros foram acionados para lançar suprimentos a quem permanece ilhado, enquanto o governo tailandês pediu apoio de barcos e jet skis para acelerar as operações.
Em um centro de evacuação improvisado em uma quadra de basquete de Hat Yai, moradores ainda tentam assimilar o impacto da tragédia. Entre eles está Kritchawat Sothiananthakul, de 70 anos, que descreveu a sensação de desespero quando a água invadiu sua casa. Ele relatou que precisou abandonar seus pertences enquanto aguardava resgate ao lado de seu cachorro.
No norte de Sumatra, a situação permanece crítica. Comunicações foram interrompidas, o fornecimento de energia foi cortado e o acesso às áreas mais atingidas está comprometido, o que dificulta o envio de ajuda e o levantamento completo dos danos. Autoridades locais afirmam que as próximas horas serão decisivas para o avanço das operações de socorro.
Fonte: g1.globo.com










