Um dos motivos que levou à redução da população da aroeira (Myracroduon urundeuva) foi sua exploração extrativista predatória.
A sua madeira apresenta excelentes propriedades: alta densidade, resistência e longa durabilidade. Estas características contribuíram na destinação de grande volume madeira, para utilização em obras durante séculos.
Sua ocorrência natural vai desde as áreas mais secas da região Nordeste, onde é mais frequente, até a região norte do Paraná, nas florestas mais úmidas.
Apesar da ampla ocorrência, a aroeira está na lista na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção.
No estado de São Paulo, quase desapareceu. Além do extrativismo que ocorreu, houve um intenso processo de ocupação do solo para a exploração da atividade agropecuária, que destruiu seu habitat.
Agora protegida por lei, a aroeira (Myracroduon urundeuva) está presente também na lista de espécies ameaçadas do Estado de São Paulo, anexa na Resolução SMA 48 de 21/09/2004.
As espécies ameaçadas são enquadradas em diversas categorias. A aroeira, aqui no Estado de São Paulo, foi enquadrada como ameaçada na categoria Vulnerável.
As espécies que se enquadram na categoria Vulnerável apresentam um alto risco de extinção em médio prazo. Isto é decorrente das alterações ambientais preocupantes, diminuição da área de distribuição e redução populacional.
O interesse pela aroeira parte também do meio acadêmico. Diferentes linhas de pesquisa já foram realizadas e algumas estão em andamento. Já foi demonstrado que a aroeira apresenta também interessantes propriedades químicas e biológicas.
Aqui em Porto Ferreira, curiosamente, diversos exemplares desta espécie estão estabelecidos na margem direita da Rodovia SP. 215, junto ao trevo do Bairro Paschoal Salzano.
Nos meses de estiagem ficam desprovidas de folhagem, o que é natural no período de florescimento e frutificação da espécie. As folhas surgem com as primeiras chuvas da primavera.
Estes poucos exemplares do município são plantas matrizes fornecedoras de sementes que são utilizadas na formação de mudas destinadas à recuperação de áreas degradadas.
