Pesquisadores de Rio Claro mapeiam 192 espécies de árvores em parque estadual

Uma equipe de biólogos e ecólogos do Instituto de Biociências (IB), Campus de Rio Claro, já listou 192 espécies de árvores do Cerrado e da Mata Atlântica no Parque Estadual de Porto Ferreira. Os pesquisadores percorreram, em um ano e meio, cerca de 50% da área de 611,55 hectares (61.155 m2) da reserva para a realização do projeto Composição e estrutura da cobertura vegetal do Parque Estadual de Porto Ferreira, município de Porto Ferreira, SP.

O trabalho é coordenado pelo botânico Reinaldo Monteiro, professor do instituto, e tem o apoio da equipe de pesquisa do parque. O estudo busca enumerar as espécies das árvores existentes na reserva, registrando suas posições por georeferenciamento e caracterizando os tipos de solo e a declividade do terreno. “Com esse levantamento, procuramos entender a dinâmica de sucessão das populações de espécies de árvores”, diz Reinaldo. “E também coletamos sementes para o uso em recuperação e regeneração ambiental de áreas degradadas.”

No parque, há uma grande variação de altura do terreno. Nas áreas mais elevadas, observa-se uma vegetação típica de Cerrado. À medida que se caminha na direção do rio Mogi-Guaçu, que faz o limite da reserva ao sul, as árvores são substituídas por espécies características da Mata Atlântica. Esse bioma, segundo Monteiro, apresenta diferentes tipos de floresta. A primeira, que faz fronteira com o outro bioma, é a semidecidual, em que algumas espécies perdem as folhas no inverno.

Ao se aproximar do rio e dos córregos, a floresta passa a ter árvores de mata aluvial, mata ciliar e mata ribeirinha. “Os tipos de solo também determinam as espécies que lá crescem. Quanto mais arenoso e ácido, a vegetação é a do Cerrado. Já nos solos argilosos, com mais acúmulo de água e rico em nutrientes, proliferam as maiores árvores”, explica o professor.

Para fazer a listagem de espécies, Monteiro e a sua equipe fizeram corredores, com orientação de norte-sul e leste-oeste. Os chamados transectos foram divididos em 72 parcelas de 200 m2 (10 x 20m). Nestas, foi analisada a vegetação lenhosa ereta com altura maior de 1,5m do solo até a ponta. “Para fazer um levantamento completo da vegetação do parque, outros estudantes e pesquisadores do instituto elaboram um novo projeto para listar as plantas rasteiras.”

Árvores Gigantes

Entre os levantamentos, os pesquisadores relacionaram muitas das chamadas árvores gigantes. Jequitibá-rosa, aroeira, figueira, jatobá, cedro e peroba podem ser avistados ao longo de passeios nas trilhas do parque. “Grandes árvores tiveram suas populações muito reduzidas com o desmatamento. E elas crescem em terrenos muito férteis”, destaca Monteiro.

O parque, ao qual se pode chegar pelo km 89 da rodovia SP-215, é uma reserva voltada para a pesquisa científica e para a educação ambiental. Suas trilhas são abertas ao público, que pode ver toda a variedade de árvores e plantas, como também macacos, pequenos roedores e uma infinidade de pássaros que encontram refúgio na mata protegida.

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