Está marcada para amanhã, 22 de junho, às 15h:30, a solenidade de inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto “Fazendinha”, que terá a presença do superintendente do SAEF (Serviço de Água e Esgoto de Porto Ferreira, Beto Utinetti, do prefeito Maurício Rasi, e autoridades civis e militares.
A obra contou com financiamento junto à Caixa Ecocômica Federal, que também foi o agente fiscalizador. O valor do empreendimento ultrapassou R$ 5,5 milhões.
Apesar da conclusão e inauguração da obra, ela não poderá iniciar o tratamento de esgoto imediatamente, pois não existem emissários que levarão os efluentes até a estação de tratamento e a autarquia, segundo Beto Utinetti, não dispõe de recursos humanos para sua operação, e também não estão previstos no oorçamento do SAEF recursos para cobrir o aumento do consumo de energia elétrica e de produtos químicos.
Entenda o caso
Em 10 de novembro de 2006 foi divulgada pelo Jornal “A Semana”, notícia com a seguinte manchete “Cidade será a 1ª da região a tratar 100% do esgoto” .
Consta do texto da capa : “ Em solenidade realizada na agência local da Caixa Econômica Federal na terça-feira, dia 7, foi assinado um convênio entre a instituição e a Prefeitura, no valor de R$ 6 milhões, para obras de uma estação de tratamento de esgoto e melhorias na rede de abastecimento de água. Autoridades municipais e diretores do banco federal participaram da cerimônia, na qual usaram a palavra o presidente da Câmara Municipal, vereador Gilson Strozzi (PSDB), o prefeito Maurício Rasi (PT) e o superintendente regional da Caixa, Álvaro Barbosa Corrêa Júnior. Este ressaltou o fato de Porto Ferreira ser a primeira cidade da região a tratar 100% do esgoto”.
De acordo com a notícia divulgada, foi assinado o contrato de R$ 6 milhões entre a Prefeitura e a Caixa; e ainda a prefeitura municipal deveria fazer uma contra-partida de R$ 700 mil para a execução do projeto, cujas obras deveriam ser concluídas em 2009.
Para surpresa, em entrevista publicada no Jornal do Porto, edição de 26 de fevereiro passado, portanto no ano de 2.010, diz Beto Utinetti, superintendente do SAEF, “O esgoto talvez seja um problema mais sério. Convivemos com algo quase extinto, que são valas a céu aberto em alguns bairros e região…”; e que “Porto Ferreira convive com uma incômoda estatística que é 0% de esgoto tratado…”.
Ao ser questionado na entrevista se o SAEF não tem como resolver o problema, responde Beto Utinetti que “falta investimento, falta dinheiro mesmo. É o tipo de investimento que está muito além da capacidade do SAEF e até mesmo da prefeitura,,,”
Após a entrevista, uma série de matérias foram publicadas sobre os problemas causados pela falta de saneamento básico.
Não resolvido o problema de acordo com o que foi anteriormente anunciado, a Administração Municipal de Porto Ferreira optou pela concessão à iniciativa privada dos serviços prestados pelo SAEF de tratamento de água e esgoto, cujo processo está em fase de finalização