As aves estão sendo cada vez mais vistas em áreas urbanas da cidade, por diversas razões, onde destacamos, a ampliação da área verde, principalmente nas margens de rios, córregos e chácaras, onde elas encontram alimentação e refúgio, aliado ao fato de que as leis ambientais de proteção à fauna estão cada vez mais inibindo a caça predatória, como são áreas mais protegidas da ação de defensivos agrícolas utilizados na zona rural.
Mas somente isto não motivo de segurança total para as aves. A fiação elétrica pode ser a causa de muitas mortes de aves no ambiente urbano.
Neste sábado, 10 de novembro, registramos a morte de duas aves em Porto Ferreira, eletrocutadas.
Próximo ao Parque Ecológico Henriqueta Libertucci um internauta se deparou com gavião carijó que caiu fulminado após esbarrar na rede elétrica.
Na rua Joaquim Sylos Cintra, Jardim Porto Novo, uma maritaca pousou num fio, e tentou segurar um outro pelo bico, sendo também eletrocutada. Num primeiro momento a ave ficou presa entre os dois fios. Após algumas horas, a ave girou e ficou de cabeça para baixo, estando no local até esta matéria ser postada. Como a ave vive em casal, sendo fiel ao parceiro, o companheiro ou companheira ficou algum tempo cantarolando em sua volta.
Recentemente foi relatado por um morador da rua Francisco Prado que um gavião carcará foi eletrocutado próximo a Odontodoc, ao tentar assaltar um ninho de bem-te-vi, construído em um transformador.
Gavião Carijó
O internauta Tangerynus, que registrou a morte do gavião carijó, também efetuou uma pesquisa sobre a ave na Wikipédia e enviou ao site, que publicamos abaixo.
O gavião-carijó (Buteo magnirostris ou Rupornis magnirostris) é um gavião da família dos acipitrídeos, encontrado em diferentes ambientes, ocorrendo do México à Argentina e em todo o Brasil.
A espécie possui cerca de 36 cm de comprimento, com plumagem variando de cinza a marrom e negro nas partes superiores, peito cinza, asas com base das primárias ferrugíneas, partes inferiores barradas de canela, cauda com quatro ou cinco faixas escuras, ceroma, íris e tarsos amarelos. Alimenta-se geralmente de insetos e aranhas, além de pequenos vertebrados. No Brasil é a espécie de gavião mais abundante.
O gavião-carijó vive em casais que constroem ninhos com cerca de meio metro de diâmetro no topo de árvores. A postura de em média 2 ovos é depositada sobre um revestimento de folhas secas e incubada pela fêmea. Durante este período de cerca de um mês, a fêmea é alimentada pelo macho.
Também são conhecidos pelos nomes de anajé, gavião-indaié, inajé, ripino e indaié.
Fotos:
Gavião carijó – Tangerynus
Maritaca – JG Dickfeldt