Começa no próximo dia 1 de junho, a Semana Mundial do Meio Ambiente, realizada em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de maio.
Neste ano o tema escolhido é “Seu planeta precisa de você: Unidos contra as mudanças climáticas” e a fazenda Santa Rita/Agrindus-Letti já se preocupa com o assunto há alguns anos. Lá foram implantadas algumas ações que contribuem sensivelmente para a preservação e proteção ambiental.
Como exemplo, Jorge Jank cita o aproveitamento integral dos efluentes (parcela líquida e parcela sólida do esterco produzido). “A parcela líquida é utilizada em fertiirrigação de gramíneas que são utilizadas na alimentação das vacas – desta forma, fecha-se um ciclo onde os nutrientes da grama, alimentam a vaca e esta proporciona minerais para a forragem através do esterco”, explica.
Na fazenda existe a reciclagem com reuso da areia utilizada na cama das vacas, limpeza dos galpões, decantação, separação de esterco por gravidade, sem uso de energia elétrica.
“Além disto, fazemos o aproveitamento de águas pluviais através de captação de chuva dos telhados para limpeza das instalações”, comenta o diretor.
Quanto a parte que envolve a ordenha e produção do Leite Tipo A, Tita ressalta que a indústria fica localizada ao lado da sala de ordenha das vacas. “Isso elimina o transporte de leite cru até as indústrias, fato que contribui com a redução da emissão de gases de efeito estufa”.
Gado e aquecimento global
Estudos comprovam que a criação de gado contribui para o aquecimento global, no entanto, para Roberto Jank Jr, presidente da Agrindus/Letti, a conta final não é tão desfavorável aos bovinos como parece.
“A criação de gado de fato contribui para a emissão de gases de efeito estufa se a conta for feita a apenas a partir do gado. Porém, como ruminantes, as vacas estão entre os poucos animais que transformam celulose (fibras vegetais) em energia e consequentemente em proteína animal (carne e leite) de alta qualidade nutricional”.
O presidente ainda comenta que a rebrota do capim, cujas folhas foram ingeridas pelas vacas, sequestra carbono da atmosfera, assim como acontece com uma árvore em crescimento, e esse carbono, cujo sequestro pelo capim foi viabilizado pelos bovinos, deve ser deduzido da pegada de carbono deixada pelas vacas no meio ambiente.
Já está provado que a pegada de carbono por unidade produzida em sistemas intensivos confinados é 55% menor do que em sistemas extensivos, que utilizam grande quantidade de pastos e agua para produzir pequenas quantidades de leite e carne.
“Para melhorar sempre essa conta, precisamos usar melhor os recursos finitos para a humanidade, que são principalmente a água e a terra. Portanto, por paradoxal que pareça, produzir mais leite e carne por hectare (intensificar a produção por área), deve ser uma missão e uma responsabilidade do pecuarista”, finaliza Roberto Jank Jr.