O ano de 2014 foi um ano marcado pela longa estiagem que assolou grande parte do país.
Um ano atípico, com chuvas bem abaixo da média, cerca de 1.000 milímetros. Em anos normais, a precipitação fica entre 1.200 e 1.500 milímetros em nossa região.
As nascentes diminuíram a vazão, e como consequência o volume de água dos rios também. Felizmente Porto Ferreira não teve problemas de abastecimento público como outras cidades da região, pois o Rio Mogi Guaçu, mesmo com baixíssimo nível de água, supriu nossas necessidades, aliado aos investimentos que foram realizados no sistema de abastecimento da cidade.
Se a água que “cai do céu’ diminui, temos que tirar o máximo proveito dela.
A área rural é que recebe a maior parte das chuvas. É ali que estão as principais áreas que proporcionam o reabastecimento dos aquíferos, ou seja, os depósitos de água subterrâneos, que abastecem as nascentes.
Para recuperar nascentes não basta cumprir o código florestal com a recuperação da vegetação nativa. É preciso cuidar de todo o solo.
É pela infiltração que a água da chuva chega aos aquíferos, e para tornar este fenômeno mais eficaz, é preciso trabalho de conservação de solo para evitar que a água tenha escoamento superficial e aumente o volume de água nos mananciais.
Se milhares de nascentes de uma bacia hidrográfica forem revitalizadas, haverá um volume considerável acrescentado aos nossos rios.
Atualmente se fala em remuneração dos produtores que melhorem as condições ambientais e aumentem a produção de água. É uma forma justa de reconhecimento deste importante trabalho.
O Pagamento de Serviços Ambientais começa ser implantado em algumas cidades do país, mas precisa com urgência ser ampliado com programas apoiados pelo Estado.
Enfim, temos que estar preparados para enfrentar as adversidades provocados pela a escassez de água, que pelas previsões possam ocorrer no futuro, com ações que tenham a finalidade de minimizar os efeitos negativos em nossa sociedade.