A ave, cujo nome científico é Nyctibius griseus, foi encontrada à noite pelo vigilante Orlando Ambrosio durante o trabalho de rotina dentro do Parque Estadual de Porto Ferreira. A ave foi descoberta pelo reflexo dos olhos, quando o funcionário passou o farolete pela vegetação.
Segundo informações dos vigilantes há duas semanas a ave está no mesmo local e nem se incomoda com a aproximação discreta das pessoas.
O nome “urutau” é de origem tupi e significa ave fantasma. De hábito noturno, esta espécie merece o nome, pois emite um som considerado por muitos como sinistro, além de ser difícil sua localização, tendo em vista que vive camuflada e imóvel durante o dia.
A camuflagem é perfeita, a plumagem possui a mesma tonalidade da casca da árvore e seu corpo ereto apresenta forma muito semelhante do tronco onde repousa. Esta é uma estratégia para dificultar sua localização pelos predadores.
Enquanto estava sendo fotografada apareceu outra surpresa: um filhote entre as penas da mãe (ou pai), quase imperceptível.
O urutau ocorre em toda área tropical das Américas, se alimenta de insetos que apanha em pleno voo, mas pode se alimentar de pequenos animais como lagartos, morcegos e pequenos pássaros.
O urutau não faz ninho, a fêmea coloca um ovo numa cavidade natural de um tronco, onde choca em posição ereta. A incubação se dá por 33 dias.
Preferem áreas com vegetação mais aberta como o cerrado ou borda de matas, mas também foi visto em áreas urbanas arborizadas.
Crédito das imagens José Guilherme G. Dickfeldt
