No mês passado Porto Ferreira foi agraciado com uma exposição temática de caráter itinerante sobre a conservação da biodiversidade, com ênfase na ecologia da fauna silvestre da região Central do Estado de São Paulo: “Bicho: quem te viu, quem te vê!”
Trata-se de uma parceria entre o Centro de Divulgação Científico e Cultural – CDCC da USP, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Instituto Florestal e a Fundação Florestal que desenvolvem trabalhos na área de educação ambiental para fortalecer ações relacionadas à conservação da biodiversidade regional.
A exposição tem o objetivo de divulgar conhecimentos sobre a biodiversidade e conflitos tais como a fragmentação florestal, a caça e os atropelamentos de animais silvestres.
A exposição ficou no Anfiteatro Isaltino Casemiro no período de 08.06.2015 a 01.07.2015, com a participação de 1.739 alunos, 84 professores e 85 visitantes espontâneos.
Se por um lado há o esforço de sensibilizar a comunidade, há também fatos lamentáveis ainda presentes na cultura de uma minoria da população – a CAÇA, que é um crime ambiental e pode comprometer a saúde das pessoas que se alimentam da carne de animais silvestres, uma vez que os mesmos são vetores de diversos microorganismos que podem causar doenças.
No dia 30/06 Policiais Ambientais de Santa Rita do Passa Quatro deram um flagrante em dois indivíduos portando materiais de caça, na beira da Rodovia SP 215, entre Porto Ferreira e Santa Cruz das Palmeiras. Os policiais empenhados continuaram a investigação e, se dirigiram até as casas dos dois indivíduos onde foram encontrados mais armamentos e duas pacas congeladas num freezer.
(http://www.portoferreirahoje.com.br/noticia/2015/07/01/policia-ambiental-prende-dois-homens-em-flagrante-por-posse-ilegal-de-armas-e-crime-de-caca/).
A paca (Agouti paca) é um animal de hábito noturno, e seu hábitat está associado a presença de água, como rios, córregos e lagos. É uma espécie ameaçada de extinção e sua população vem sendo reduzida drasticamente pela caça.
Mesmo as Unidades de Conservação, como o Parque Estadual de Porto Ferreira, não são suficientes para proteger esta espécie, que atravessa divisas e chega a andar catorze quilômetros em busca de alimento.
A Conservação Ambiental continuará não somente com esforços em formação, educação, informação, mas também com a repressão aos crimes ambientais.
“Chegará um dia no qual os homens conhecerão o íntimo dos animais; nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade.” (Leonardo Da Vinci)
