País tem 101,3 milhões de trabalhadores, com expansão de 2,6% em relação a 2023; nível de ocupação chega a 58,6%, o maior da série
A população ocupada no Brasil atingiu um novo patamar recorde em 2024, alcançando 101,3 milhões de pessoas. O dado, divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e representa o maior nível da série histórica.
Crescimento – o número de trabalhadores ocupados em 2024 registrou uma alta de 2,6% na comparação com o ano anterior, quando o país somava 98,7 milhões de ocupados. Em um período mais longo, o crescimento é ainda mais expressivo, com um avanço de 13,5% em relação aos 89,3 milhões de pessoas ocupadas em 2012.
Simultaneamente, a população em idade de trabalhar também cresceu, estimada em 171,5 milhões em 2024 (alta de 0,8% ante 2023). Com o aumento dos dois contingentes, o nível de ocupação — a proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — atingiu 58,6%, o maior registrado na série.
O IBGE ressalta que o mercado de trabalho brasileiro retomou os níveis pré-pandemia de Covid-19 em 2022 e manteve a trajetória de expansão registrada desde 2019 nos anos de 2023 e 2024.
Mudança – ao longo dos últimos 12 anos, a distribuição da força de trabalho por atividades econômicas apresentou mudanças significativas:
- Setores em Retração:
- O grupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura reduziu sua participação de 11,4% em 2012 para 7,7% em 2024.
- A indústria geral também teve uma queda, passando de 14,5% para 12,9% no mesmo período.
- Setores em Expansão:
- O grupamento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas avançou de 10,7% para 12,4%.
- O setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais subiu de 15,7% para 17,8%.
Em 2024, a atividade que mais concentrou trabalhadores foi o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 19,2% da população ocupada. Logo em seguida, em segundo lugar, ficou o grupamento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 17,8%.
Fonte: R7 Notícias







