Medida do governo americano beneficia produtos que representaram US$ 1,84 bi em vendas ao país em 2024. Setor de celulose, com US$ 1,55 bi, é o mais impactado
O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, relatou nesta quinta-feira, 11, que o governo dos Estados Unidos retirou a tarifa de 10% para a maior parte das exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel destinadas ao mercado americano. A decisão consta na Ordem Executiva nº 14.346, divulgada pela Casa Branca no último dia 5 de setembro.
De acordo com o Ministério, a interpretação da Pasta é que a isenção beneficia a grande maioria desses produtos exportados pelo Brasil. A medida é vista como um alívio para os exportadores nacionais, que ganham competitividade no crucial mercado consumidor norte-americano.
Dados oficiais do governo brasileiro destacam a importância do comércio desses itens. Somente em 2024, o Brasil exportou aproximadamente US$ 1,84 bilhão em celulose e ferro-níquel para os EUA. Esse montante corresponde a 4,6% de todo o valor exportado pelo país para os americanos no período.
Dentro desse grupo, o produto de maior peso é a celulose. As vendas de “Pastas químicas de madeira não conífera” e “Pastas químicas de madeira conífera” somaram US$ 1,55 bilhão no acumulado do ano, representando a vasta maioria (cerca de 84%) do valor total do grupo de produtos beneficiados pela nova ordem executiva.
A retirada da alíquota elimina um custo significativo para o setor e deve fortalecer ainda mais a posição do Brasil, que já é um dos principais players globais no fornecimento de celulose. A expectativa é que a medida contribua para manter o fluxo comercial robusto entre os dois países.
Fonte: Folha de S. Paulo