Na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, em Pirassununga, pesquisadores testam com sucesso uma ferramenta baseada em redes neurais artificiais (RNA) que permitirá a identificação biométrica em bovinos pelo focinho. Segundo a zootecnista Carolina Melleiro Gimenez, esta parte da cabeça do animal possui linhas únicas que permitem distinguí-los. “Conseguimos obter um padrão genérico do focinho por meio do processamento de imagens. Observamos que os padrões distinguem cada animal, assim como uma impressão digital pode distinguir cada ser humano”, explica a pesquisadora.
A pesquisadora destaca que a inovação desse novo sistema está justamente em proporcionar maior segurança ao sistema de rastreamento bovino em fazendas de bovinos, seja de corte ou de produção de leite. “Nossa identificação biométrica poderá ser utilizada em qualquer tipo de bovino, independente de sua aptidão zootécnica”, afirma.
Sistemas de rastreamento bovino são aqueles em que há registros do animal desde o seu nascimento ou desde sua aquisição pelo criador.
A tecnologia que vem sendo desenvolvida no Lafac atenderá plenamente as exigências do Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O objetivo do Sisbov é registrar e identificar o rebanho bovino e bubalino do território nacional possibilitando o rastreamento do animal desde o nascimento até o abate, disponibilizando relatórios de apoio a tomada de decisão quanto à qualidade do rebanho.
Fonte: brasilagro texto original de Antonio Carlos Quinto Agência USP