Até o ano de 2002 a Vidroporto trabalhava com dois fornos. Em função da crise econômica que se vivia na época e também ao grande crescimento da embalagem PET, ela passou a ter dificuldade precisando diminuir sua capacidade de produção. Com isso um forno foi desligado e muita gente foi despedida.
Em 2004 a empresa inicia um processo de reformulação e contrata o diretor presidente Edson Rossi. O objetivo era reconstruir um novo forno e reconquistar o mercado que ela participava de maneira efetiva. “Em 2005 nós conseguimos reformar o forno, então a produção aumentou. Nós tínhamos um forno de 65 toneladas e colocamos em funcionamento mais um forno de 110 toneladas. Depois disso, gradativamente a empresa foi investindo em tecnologia, se compararmos o balanço encerrado em 2009 com 2004, nós tivemos um crescimento de três vezes mais do que ela produzia lá atrás”, diz Rossi.
Com relação ao faturamento e principalmente ao resultado, ele é sete vezes maior que antes. “Hoje temos 270 funcionários e trabalhamos principalmente no mercado de cerveja, cachaça e vinhos, tanto do sul como do interior de São Paulo, sempre no ramo de bebidas alcoólicas. Hoje o estoque é metade do que a empresa tinha no ano passado”, conta. Em 2009 ele era de quase 40 milhões de garrafas e hoje está em 18 milhões.
Do mesmo jeito que a empresa investiu no crescimento da produção, ela investiu em qualidade. O controle é feito através de máquinas de inspeção. De 2004 até agora, a empresa comprou três novas máquinas. “Na linha toda precisaria ter nove, então neste mês nós estamos instalando mais seis para completar nossa área de inspeção”, diz. Em agosto a Vidroporto também espera instalar uma nova máquina que vai gerar um aumento de 15% na produção. “Com isso nós vamos estar muito bem preparados para atender qualquer segmento”, afirma o diretor.
A empresa também se preocupa com o meio ambiente. Ela está em processo de instalação de um sistema de controle de emissão dos poluentes. Os fornos que antigamente utilizavam óleo combustível foram substituídos por gás natural. A sucata de vidro é recuperada, pois 1 kg de caco de vidro gera 1 kg de vidro, não tendo nenhuma perda. Os resíduos e material tóxico somente são descartados em aterro autorizado.