Quando sobreveio a crise mundial, houve um estancamento imediato do crédito. Primeiro, pelo secamento das fontes externas de captação. Depois, pelo receio dos bancos de uma possível explosão de inadimplência.
Como controlador dos bancos públicos, o governo Federal ordenou que Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal colocassem o pé no acelerador e oferecesse mais crédito as empresas de todos os tamanhos e pessoas, com o objetivo de suprir a falta de crédito promovida pelos bancos privados.
Houve enorme grita de alguns analistas econômicos, prenunciando perda de valor do Banco do BRASIL que tem capital em bolsa de valores, falando de ingerência política indevida, porém os resultados alcançados demonstraram o contrário.
O Banco do BRASIL acelerou a oferta de crédito e sua participação no mercado saltou de 18,5% para 20% de todo o crédito oferecido. A inadimplência continuou em patamares inferiores aos da média do mercado.
Em vez de se fiar nas análises dos departamentos econômicos do mercado ou da mídia, o banco decidiu analisar seu próprio cadastro de clientes, pegando no pulso da economia real.
O Banco do BRASIL tem a maior folha de salários (de seus clientes) do sistema, o maior número de empresas privadas de todos os tamanhos e setores e um departamento de crédito que, desde os anos 90, aprimorou as análises setoriais. Além disso, tem a maior rede bancária do país e adquiriu a NOSSA CAIXA do governo paulista,com isso aumentou sua presença no estado de SP e junto ao funcionalismo público estadual.
Constatou que, fora o pânico midiático, a economia real continuava em ordem, com praticamente todos os setores da economia funcionando normalmente. O único insumo que faltava era justamente crédito.
Ao decidir competir pesadamente no mercado de empréstimos pessoais, automóveis e outros bens de consumo, o Banco do BRASIL ajudou o sistema bancário como um todo a entrar de cabeça na competição.
Fonte: Luís Nassif, www.advivo.com.br dia 10.08.2010