A Conferência Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, realizada recentemente, tratou com tamanha seriedade e dedicação o tema pelos seus participantes que, ainda no primeiro dia de discussões, antes mesmo da eleição dos membros do Conselho, várias sugestões foram apresentadas. A quase centenária ponte metálica sobre o rio Moji-Guaçu ganhou espaço na pauta, o que fez com que um dos conferencistas apresentasse, já no dia seguinte, uma proposta de solução para inibir o trânsito pesado no local.
Um dos principais acessos à região norte da cidade e cartão postal do município, a ponte, que recentemente passou por um intenso processo de restauração, já sofre novamente com as ações de vandalismo, uma vez que teve parte da nova iluminação destruída, sendo necessários reparos em todo o sistema, trabalho desenvolvido pelo Departamento Municipal de Obras e Serviços. Feitos os devidos reparos, a ponte está novamente iluminada, para alegria de quem zela pela preservação do bem público. Porém, o que está preocupando as autoridades novamente é o fluxo de veículos pesados, o que pode, com o tempo, danificar toda a estrutura ora revitalizada. E, o que é pior, colocar em risco este patrimônio histórico de destaque, não somente para Porto Ferreira, mas também para São Paulo e o Brasil.
Muitas tentativas objetivando a preservação foram feitas, como a utilização de limitadores de altura e sinalização para inibir o tráfego de veículos pesados, mas sem efeito duradouro. Todos os limitadores foram destruídos. O último deles possuía até um design que acompanhava a estrutura da ponte.
Diante dos fatos, o professor Jorge Washington Correa Porto, conferencista e membro do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural, apresentou voluntariamente algo que pode representar definitivamente o fim do trânsito pesado no local. O projeto prevê a passagem de apenas um veículo por vez, com sinalização semafórica, além de faixa exclusiva para pedestre e outra somente para ciclista e motociclista. A viabilidade do projeto viria com a limitação da largura, e não mais a altura. Com 3,5 metros, seria possível ainda a implantação das faixas citadas.
Outra ideia sugere a remoção da tubulação de água que hoje está concretada abaixo de uma das calçadas da ponte. A sugestão é utilizar um sistema de afixação com suportes metálicos sob a ponte. A eliminação da camada de concreto que protege a tubulação também reduziria o peso a ser sustentado.
“Tenho certeza que a ideia seria uma forma de solucionarmos o problema, e ainda teríamos um atrativo maior, uma vez que, com o novo Deck, o local recebe muitos visitantes”, disse Jorge Washington, quando entregou a sugestão ao prefeito Maurício Rasi.
Fonte: AECI/Prefeitura Municipal de Porto Ferreira